Incoerencia Absurda

O Brasil é a terra das incoerencias e discrepancias.
Vemos absurdos diariamente, em qualquer telejornal, desde os mais sérios aos mais sensacionalistas.
Não quero aqui começar a enumerar, mas, acho que as que mais me irritam e me deixam indignado, são aquelas que não são meramente oriundas de um comportamento, ou tradição. Algo do tipo:
Ah, todo mundo faz assim há tanto tempo então já se tornou comum e aceitável.
Não! As que mais me tiram do sério são aquelas que, além de tudo, tem a sanção e o amparo legal, como no caso o de cela e tratamento especiail para quem tem nível superior.
Esse, ao meu ver é um dos disparates legais mais nojentos e repugnantes na nossa legislação.
Enquanto, inúmeras entidades e especialistas em antropologia, psicologia e sociologia provam por A mais B que a ausencia do acesso a educação, a cultura, ao lazer e saneamento básico, empurra as pessoas de baixa renda para a criminalidade, temos que assistir pessoas com formação academica, e uma boa posição economica e social ter tratamento diferenciado nas penitenciárias do país.
Ora, não precisa ser um gênio, ou mesmo ter um super QI, para aplicar a isso a simples regra da operação inversa:
Se é correto dizer que uma pessoa com baixa escolaridade, que vive em condições precárias está mais sujeita a enveredar pelo mundo do crime, logo esse deveria ter um tratamento mais condescendente por parte do sistema, uma vez qeu pode alegar qeu sua condição o empurrou para tal caminho.
Logo, aquele que teve acesso a uma boa formação, a lazer, a cultura, informação, que nunca passou por necessidades economicas teria, obviamente menos motivos para se tornar um marginal. Ou seja, se ainda assim se tornasse, isso deveria ser visto como um agravante e, por consequente, ter uma pena ainda mais rigorosa. Ja qeu não poderia alegar a mesma justificativa do caso anterior.
Porém essa não é a nossa realidade.
Num país onde a legislação parece mais um queijo suíço, de tantos buracos onde os advogados se banqueteiam manipulando as fraquezas da lei, o que vemos é triste, e descaradamente vergonhoso.